Documento reconhece prejuízos causados pela escassez hídrica e possibilita que produtores busquem condições especiais de renegociação de financiamentos
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| (Foto: IA Ilustrativa/Correio Goiano) |
O prefeito de Piranhas, Professor Fábio Lasserre (PRD),
decretou situação de calamidade pública em razão da escassez de chuvas
registrada no município ao longo dos últimos meses. O Decreto nº 266/2025,
assinado nesta quarta-feira (10/12), reconhece que a falta de precipitações
suficientes comprometeu o desenvolvimento das atividades agropecuárias,
causando prejuízos aos produtores rurais.
O documento se baseia em laudo técnico da Secretaria Municipal de Agricultura, Abastecimento e Pecuária, que constatou insuficiência pluviométrica para garantir o andamento normal da safra.
Dados levantados pelo Correio Goiano mostram que o volume de chuvas em Piranhas ficou muito abaixo do esperado pelos produtores rurais. Em outubro, o acumulado foi de apenas 39,5 mm e, em novembro, 113 mm. No mesmo período de 2024, as chuvas haviam sido muito superiores, com 282 mm em outubro e 222 mm em novembro.
Apesar da melhora em dezembro, que já registrou 219,5 mm, os impactos da falta de chuva já são sentidos não só no plantio, mas também na formação das pastagens, reduzindo a capacidade de produção da pecuária leiteira e de corte.
Ao decretar oficialmente o estado de calamidade, a Prefeitura de Piranhas formaliza, perante órgãos estaduais e federais, que o município enfrenta uma situação anormal que compromete a atividade econômica local. Com isso, produtores rurais que possuem financiamentos podem utilizar o decreto como base para acionar instituições financeiras, incluindo bancos públicos e privados, em busca de condições especiais de renegociação em caso de perdas na produção decorrentes da estiagem.

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