Onda de calor em Goiás eleva consumo de energia e faz residências atingirem maior média histórica em outubro

Temperaturas próximas dos 40 °C e bandeira vermelha pressionam contas de luz. Equatorial Goiás orienta consumidores sobre uso consciente

(Foto: Reprodução/Equatorial)

O já conhecido calor de outubro em Goiás veio ainda mais intenso em 2025 e impactou diretamente o consumo de energia elétrica no Estado. A classe residencial registrou o maior aumento da série histórica: alta de 14% em relação ao mês anterior, alcançando média de 240 kWh por unidade consumidora, superando o recorde anterior, registrado em outubro de 2024, quando o consumo médio foi de 239 kWh.

De acordo com o Climatempo e o Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo), outubro foi marcado por uma onda de calor intensa, com termômetros se aproximando dos 40 °C em diversas regiões e umidade relativa do ar em níveis críticos. O cenário ampliou o uso de equipamentos de refrigeração em residências e comércios, como ar-condicionado, ventiladores, geladeiras, freezers e bebedouros, especialmente nas horas mais quentes do dia.

“Esse cenário eleva diretamente o consumo de energia, pois percebemos um uso muito maior dos equipamentos de refrigeração. Isso muda o comportamento dos consumidores, que passam a acionar com mais frequência ar-condicionado e aparelhos que mantêm alimentos e bebidas resfriados”, destaca o executivo de Faturamento da Equatorial Goiás, Marcos Aurélio Silva.

Além do calor extremo, outro fator influenciou o aumento das faturas: a bandeira tarifária vermelha patamar 1, determinada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O adicional, vigente em outubro e mantido para o mês de novembro, representa custo extra de R$ 4,46 a cada 100 kWh consumidos, como reflexo do período de estiagem, do baixo nível dos reservatórios e da necessidade ampliada de acionamento de termelétricas.

Com a proximidade das férias e o aumento natural do uso de energia, a Equatorial Goiás reforça a importância do consumo consciente. Nos dias muito quentes, equipamentos como geladeiras, freezers, bebedouros e ar-condicionado trabalham com maior intensidade para manter a refrigeração adequada, o que pode elevar significativamente o valor final da conta.

O executivo da Equatorial lembra que pequenas mudanças de hábito fazem diferença ao longo do mês. “Ajustar o chuveiro para a modalidade verão, evitar abrir a geladeira repetidas vezes e conferir se a borracha ainda está em uso, usar o ar-condicionado nas temperaturas entre 23º e 24º graus, manter a instalação elétrica da residência em bom estado fazem diferença ao final do mês. Fios antigos ou mal-conservados podem elevar o consumo e até representar risco à segurança”, orienta Marcos Aurélio.

As recomendações de economia também incluem cuidados com outros equipamentos. O uso do ferro de passar deve ser concentrado quando houver uma quantidade maior de roupas, evitando deixá-lo ligado sem necessidade. A máquina de lavar precisa trabalhar sempre na capacidade máxima indicada pelo fabricante, com o filtro limpo para garantir eficiência. No caso do ar-condicionado, modelos com Selo Procel são mais indicados por oferecerem maior economia. Ventiladores devem ser escolhidos conforme o tamanho do ambiente para evitar gasto excessivo, enquanto lâmpadas LED garantem melhor desempenho e menor consumo, além de dispensarem uso durante o dia quando há iluminação natural suficiente.

O chuveiro deve ser mantido na posição “verão”, o que pode reduzir em até 30% o consumo, e a torneira deve ser fechada enquanto a pessoa se ensaboa. Para economizar com a geladeira, é essencial evitar abrir a porta repetidamente e manter a borracha de vedação em bom estado. Adegas e cervejeiras também devem permanecer fechadas o máximo possível, já que a entrada de ar quente exige maior esforço do equipamento para retornar à temperatura ideal. No caso dos freezers, a recomendação é limpar regularmente a grade traseira para facilitar a troca térmica — sempre com o equipamento desligado e seguindo as orientações do fabricante.

 

Editado por Jotta Oliveira – do Correio Goiano, com informações da Equatorial Goiás

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