Durante o Novembro Azul, o urologista Dr. Rodrigo Braz destaca que exames modernos e a cirurgia robótica têm ampliado a precisão dos diagnósticos e reduzido a necessidade do toque retal, mas alerta que o preconceito ainda afasta muitos homens do consultório
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| (Foto: Reprodução) |
Novembro é o mês dedicado à conscientização sobre o
câncer de próstata e à saúde do homem. A campanha Novembro Azul resgata a
importância do diagnóstico precoce, amplia o foco para a saúde masculina e
promove o autocuidado, estimulando o homem a procurar assistente médica mesmo
sem sintomas.
Segundo o médico urologista Dr. Rodrigo Braz, pioneiro em cirurgia robótica em Brasília, a combinação de tecnologia e acompanhamento clínico individualizado tem permitido identificar precocemente os riscos de câncer de próstata e tratar doenças urológicas com métodos mais precisos, seguros e menos invasivos.
“Hoje o exame de toque retal deixou de ser obrigatório em todos os casos, conforme meta-análise publicada na revista Europeia de urologia oncológica em 2024 (European Urology Oncology 2024). Com o avanço dos exames laboratoriais mais sensíveis e de imagem, conseguimos avaliar o risco de câncer de forma muito mais precisa e, em muitos pacientes, sem a necessidade do toque retal. A decisão é sempre clínica e personalizada”, explica o Dr. Rodrigo Braz.
O especialista lembra que, apesar dos avanços, o preconceito ainda é um dos principais inimigos da prevenção. “Muitos homens ainda evitam o consultório por desinformação ou medo. Mas o urologista deve ser visto como o clínico geral do homem, responsável por avaliar a saúde de forma integral, incluindo hormônios, circulação, função reprodutiva e sexual”, afirma.
Nos últimos anos, a cirurgia robótica tem revolucionado a urologia, especialmente no tratamento do câncer de próstata. A tecnologia permite movimentos cirúrgicos mais precisos e menos invasivos, resultando em recuperação rápida, menor sangramento e melhora dos resultados funcionais como continência urinária e função sexual.
“A robótica trouxe segurança e previsibilidade. O paciente volta à rotina em menos tempo e com menos dor, o que transforma completamente a experiência do tratamento”, acrescenta o médico.
Dr. Rodrigo Braz também alerta para o uso indiscriminado de testosterona e suplementos hormonais, frequentemente adquiridos sem prescrição. “A automedicação pode comprometer a fertilidade e causar danos irreversíveis à espermatogênese como também a supressão da produção natural da testosterona. É essencial buscar orientação médica para qualquer tratamento hormonal”, reforça.

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