Unidades de saúde registram aumento de atendimentos por fraturas, traumas, queimaduras e intoxicações no período
![]() |
(Foto: Reprodução) |
Com a chegada do período de férias escolares, o Hospital
Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad), unidade do Governo de Goiás,
reforça o alerta aos pais e responsáveis sobre os riscos de acidentes
domésticos com crianças. Dados do hospital mostram que, durante o mês de julho,
há um aumento significativo na procura por atendimentos de emergência relacionados
a quedas, fraturas, queimaduras e intoxicações.
Segundo a gerente médica de atendimento do Hecad, Ingrid Araújo, a permanência prolongada das crianças em casa, combinada com a alta energia característica da idade, pode resultar em situações perigosas se não houver a devida supervisão. “A criança é muito ativa e acaba passando muito tempo em casa, então ela vai querer pular do sofá, da cama ou subir em árvores e pode sofrer uma queda, por exemplo. Essa é uma das principais causas de fraturas que atendemos no Hecad. Por isso, recomendamos a supervisão constante de um adulto”, alerta.
Somente em julho do ano passado, os acidentes domésticos com crianças representaram quase 15% de todos os atendimentos realizados pela unidade. Foram contabilizados 330 atendimentos por fraturas, traumas e quedas, dois por queimaduras e oito por intoxicações ou envenenamentos.
Diante desse cenário, o Hecad orienta que uma das principais formas de prevenção é restringir o acesso das crianças à cozinha. Quando isso não for possível, recomenda-se utilizar as bocas traseiras do fogão e manter os cabos das panelas voltados para dentro. A atenção deve ser redobrada com toalhas de mesa, que podem ser puxadas pelas crianças, provocando acidentes com alimentos quentes ou objetos de vidro.
Outros pontos de risco incluem tomadas elétricas, pontas de mesas e móveis com quinas expostas, que devem ser protegidos para evitar choques, cortes ou traumas. Produtos de limpeza e medicamentos, por sua vez, devem ser guardados em armários trancados e mantidos fora do alcance dos pequenos.
A área da piscina, comum nas residências durante o verão, também requer cuidados especiais. É fundamental que esteja cercada e só seja acessada sob a supervisão de um adulto. Objetos como baldes e banheiras com água não devem ser deixados ao alcance das crianças, pois representam risco de afogamento.
Em caso de acidente, o Hecad orienta que os responsáveis levem imediatamente a criança até a unidade de saúde mais próxima ou acionem o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), por meio do telefone 192.
0 Comentários