Lei proíbe piercings e tatuagens em cães e gatos

Nova legislação está em vigor desde o último dia 16 de janeiro, em Goiás

Imagem mostra cão com o corpo inteiro tatuado: procedimento é doloroso e provoca sofrimento ao animal (Foto: Semad)


A secretária estadual de Meio Ambiente, Andréa Vulcanis, afirmou que a lei que proíbe tatuagens e piercings em cães e gatos em Goiás, sancionada pelo governador Ronaldo Caiado (UB), tem dois pontos importantes: o avanço no combate aos maus-tratos e a enfaze no fato de seres humanos e animais terem naturezas diferentes.

 “Tem sido cada vez mais comum a transferência da realidade humana para os animais”, explica Vulcanis. “Há um lado positivo, que é a formação de uma consciência de que ali existe uma outra consciência, que sofre, que sente dor, tristeza e alegria. Por outro lado, há pessoas que ignoram a natureza do animal e tratam-no como humano. Isso é um desvirtuamento da realidade. Os animais continuam sendo animais. Essa é uma das mensagens que a lei transmite”.

 A outra mensagem, na avaliação da secretária, é a de que não se deve tolerar a prática de maus-tratos. “A tatuagem é extremamente dolorosa, assim como o piercing. Furar a pele de um cão ou gato com esse fim é crime previsto na lei ambiental. Sem falar do risco de se causar problemas à saúde, porque a pele do animal é completamente diferente da nossa”.

 Lei sancionada

 A lei sancionada pelo governador é oriunda de um projeto de lei de autoria do deputado estadual Cairo Salim (PSD) e está em vigor desde o dia 16 de janeiro. A nova legislação prevê multa de R$ 1,5 mil por cada animal que for submetido à tatuagem ou à colocação de piercing.

 O texto ressalta que causar sofrimento a um animal é prática vedada pela Constituição, e que pode levar à prisão dos infratores (conforme prevê o artigo 32 da lei 9.605/1998).

 

Por Jotta Oliveira – do Correio Goiano, com informações da Secretaria de Meio Ambiente

Postar um comentário

0 Comentários