Polícia fecha carvoeira clandestina no município de Piranhas e informações ligam ex-vereador ao local

Operação do Batalhão Ambiental da PM, com apoio da Polícia Civil, resultou na apreensão de cerca de treze toneladas de carvão que teria sido produzido com madeira extraída ilegalmente da vegetação nativa do Cerrado

(Foto: Divulgação/BPM Ambiental)

Na tarde desta terça-feira (25/04), duas carvoarias clandestinas foram flagradas em pleno funcionamento no município de Piranhas, na região oeste de Goiás. A descoberta foi feita após denuncias de crime ambiental que geraram uma operação do Batalhão Ambiental da Polícia Militar (BPM Ambiental), com apoio da Polícia Civil (PC).

De acordo com apurações da reportagem do Correio Goiano, informações colhidas pelo BPM Ambiental dão conta de que as carvoeiras são de propriedade do ex-vereador por Piranhas, Suelter Helriguel Ferreira, que nega ser o administrador do local.

Em nota, a autoridade policial relatou que constatou que a madeira utilizada na produção do carvão vegetal não possui documentação de origem florestal e que a mesma teria sido extraída ilegalmente da vegetação nativa do cerrado.

(Foto: Divulgação/BPM Ambiental)

Trabalho degradante

A Polícia informou ainda que foram encontradas cinco pessoas trabalhando na queima da madeira, sem qualquer documento contratual para exercerem a atividade. Os trabalhadores, segundo o BPM Ambiental, estavam alojados em barracas de lona e sem as mínimas condições de moradia (veja no vídeo abaixo). Um dos abordados, um idoso de 74 anos, relatou estar sem qualquer remuneração há mais de 30 dias.

Foram apreendidas cerca de treze toneladas carvão e amostras foram levadas para perícia técnica. O BPM Ambiental também apreendeu todo o equipamento usado no processamento, incluindo alguns motosserras. Além disso, ao menos cinco fornos de alvenaria usados na produção do carvão foram destruídos.

(Foto: Divulgação/BPM Ambiental)

Operação em andamento

Até a publicação desta reportagem, o Batalhão Ambiental da PM ainda não havia concluído a ocorrência. Desta forma, não é possível afirmar se o proprietário das carvoeiras irá responder apenas pelo fragrante crime ambiental ou, até mesmo, se poderá ser preso.

À nossa reportagem, Suelter Helriguel Ferreira disse que não estava administrando os dois pontos de produção de carvão e que as estruturas foram cedidas para outros indivíduos. “Eu tenho contrato com um deles”, afirmou. O ex-vereador relatou ainda que dará informações mais detalhadas após a finalização dos trabalhos da Polícia.

Veja vídeo com trechos da ação do BPM Ambiental


Por Jotta Oliveira – do Correio Goiano

Postar um comentário

0 Comentários