Registro de queimadas em Goiás tem redução de 34% nos sete primeiros meses de 2025, aponta Semad

Número de focos registrados entre janeiro e julho é o menor desde 2019. Redução é atribuída a políticas de monitoramento e maior volume de chuvas

(Foto: Reprodução/Semad)

O registro de focos de queimada em Goiás de janeiro a julho deste ano caiu 34,1% na comparação com o mesmo período de 2024, segundo dados da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad). Enquanto no ano passado a pasta contabilizou 1.565 episódios de incêndio florestal nos primeiros sete meses, em 2025 foram 1.030.

As informações têm como base o monitoramento do satélite Aqua M-T, que identifica focos com área superior a 30 metros quadrados. O balanço atual também é o melhor desde 2019, quando foram registrados 1.192 focos. Nos anos seguintes, os números foram: 1.298 em 2020; 1.631 em 2021; 1.711 em 2022; 1.339 em 2023; e 1.565 em 2024.

O gerente do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrográficas de Goiás (Cimehgo), André Amorim, atribui a redução ao aprimoramento das políticas de monitoramento e combate aos incêndios. “Os números estão ficando melhores com o passar do tempo porque estamos usando a nossa experiência para aprimorar procedimentos”, afirma.

Em julho deste ano, foram registrados 327 focos de incêndio, o que representa queda de 33,9% em relação a igual mês de 2024. No entanto, a redução mais expressiva ocorreu nos primeiros meses de 2025, influenciada pelo volume maior de chuvas e pelo fim do ciclo do fenômeno El Niño, que agravou a estiagem em Goiás no ano passado.

Somente em fevereiro, a queda foi de 45%. Em março, 56,1%, e em abril, 60,8%.

Amorim reforça que a participação da população é fundamental para manter a tendência de redução. “Melhorar esses números depende de nós e é compromisso de todos. Ainda há pessoas que desrespeitam a lei e utilizam fogo para limpar pasto e queimar lixo, por exemplo. É sempre importante frisar que está valendo um decreto do governador Ronaldo Caiado que estabeleceu restrições severas ao uso do fogo enquanto a seca durar”, ressalta.

 

Editado por Jotta Oliveira – do Correio Goiano, com informações da Semad

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